quarta-feira, 4 de junho de 2014

Os Amantes da História!

 

Os Amantes da História!

Este tópico destina-se aos maiores amantes de todos os tempos. Pessoas que através do poder, dinheiro, influências, carreiras de sucesso, tiveram as oportunidades de pôr em práticas os seus desejos mais íntimos. Este tema retrata algumas personalidades históricas e os seus lados mais obscuros.

Rei Salomão e o seu Reinado (1009-922 A.C.)

Salomão é uma personagem da Bíblia, mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis. Filho de David com Bate-Seba, tornou-se o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de 40 anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 A.C.). Era conhecido pela sua paixão pelas mulheres belas. Quanto a mulheres, a sua primeira esposa foi uma egípcia, filha do faraó Siamon, da XXI dinastia; mas em seguida as coisas transbordaram um pouco, pois manifesta-se que o piedoso rei reuniu em seu harém nada menos que 1.000 mulheres (cerca de 700 esposas e 300 concubinas), todas elas estrangeiras e de todas as raças, importadas e pagas a preço de ouro. O rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras. Além da filha do Faraó, teve mulheres moabitas, amonitas, adonitas, sidônias e hititas. Elas provinham dos povos sobre os quais o Senhor tinha dito aos israelitas: "Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses". Mas foi a elas que Salomão apegou seu coração. Ele teve 700 esposas princesas vindas de reinos conquistados e 300 concubinas (1 Reis 11.1-3). Eram escolhidas as mais belas. Na época em que foi escrito "Cantares" supõe-se ele já deveria ter 140 esposas. A obra "Cantares" do "Cântico dos Cânticos", incluído no Antigo Testamento, consistia num poema escrito em linguagem sensual.

Eduardo VII (1841-1910)

 Eduardo VII do Reino Unido nasceu a 9 de novembro de 1841, e foi Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, de 15 países da Commonwealth e Imperador da Índia. Tendo reinado de 22 de janeiro de 1901 até à sua morte, em 6 de maio de 1910. Antes de sua ascensão ao trono, Eduardo foi Príncipe de Gales e tem a distinção de ter sido o herdeiro aparente do trono por mais tempo que qualquer um em toda a história britânica. O seu reinado, agora chamado de Período Eduardino, viu o primeiro reconhecimento oficial do ofício de primeiro-ministro. Tornou-se o primeiro monarca britânico a visitar a Rússia (1908). Teve um papel na modernização de Home Fleet e na reforma da Army Medical Services, depois da II Guerra dos Boéres. Mas este rei também é conhecido pela sua vida sexual ativa, tendo dormido aproximadamente com 3000 mulheres. Foi responsável por muitos casos de divórcio, das mulheres casadas que seduzia. O Rei inglês ficou famoso por suas orgias juvenis. Bebida, jogos e mulheres eram suas principais distrações. Embora casado por imposição de sua mãe, Eduardo nunca parou de trair a esposa. Durante 50 anos ele manteve relações sexuais com três mulheres diferentes por dia. Teve 7800 amantes.

Júlia de Elder (39 A.C.-14 D.C.)

Júlia de Elder (39 A.C.-14 D.C.), Filha do imperador romano Octávio Augusto, Júlia era bonita e inteligente. Na sua juventude, encantava os homens ao exibir o seu corpo em público, preferindo usar roupas transparentes, que deixavam os romanos babados. Ela tinha tudo o que uma mulher poderia querer. Acabou ultrapassando todos os limites. Os seus amantes logo chegaram a uma dúzia, depois as centenas, até abranger, segundo a lenda, mais de metade dos jovens de Roma! Não satisfeita, Júlia começou a oferecer-se para deitar na cama com todos os estrangeiros que passavam pela cidade e também resolveu vaguear pelas ruas com um bando de prostitutas, abordando os homens que encontrava e arrastando-os para os becos escuros, onde fazia sexo com eles. Por causa do seu comportamento escandaloso, Júlia de Elder foi condenada pelo seu pai, o Imperador Octávio Augusto (que era defensor das tradições e bons costumes), a viver sozinha numa ilha chamada Pandataria. Autêntica ninfomaníaca, ela teve 80.000 amantes.

Valéria Messalina (17-48)

Valéria Messalina (17-48), nascida no ano 17 D.C., foi a terceira esposa do Imperador romano Cláudio, e desde cedo frequentou a corte imperial. A história descreve-a como uma mulher cruel e ambiciosa que incentivava o marido a executar quem lhe contrariasse. Consta que usava o seu poder para realizar desejos sexuais, chegando a desafiar uma prostituta para uma maratona sexual. Valéria chegou a transformar um dos quartos do palácio imperial num bordel. Ela despia-se toda, convidava os homens do povo para se divertirem e cobrava uma pequena taxa pelos seus serviços. Messalina desafiou uma famosa prostituta romana para um concurso: quem conseguia levar mais homens para a cama em 24 horas. Messalina ganhou, dormindo com 25! Messalina teve na sua vida 8.000 amantes. O seu nome virou sinônimo de todos os vícios e defeitos femininos.

Rainha Kahina e o seu reinado (650-702)

Rainha Kahina dos Berberes no Norte de África (650-702), teve um harém de 400 homens. Kahina usava os seus dotes sedutores para prevenir que os árabes invadissem o seu território.

Não há muito para dizer sobre esta enigmática figura.

 Consta que ela não era particularmente atraente, mas diz-se que teve um enorme harém de homens que lhe satisfaziam todos os seus desejos. Rainha guerreira que lutou contra a invasão árabe no norte de África, Kahina foi uma líder militar e religiosa berbere do século VII, considerada por muitos historiadores como uma das primeiras feministas. Comandou a resistência do seu povo à expansão árabe no Norte da África, região então conhecida como Numídia, hoje Magreb. Meia dúzia de anos depois da derrota final, a vaga islâmica atravessou o estreito de Gibraltar e chegou à Península. Para os berberes de Aures (região na zona este da Argélia), ela é conhecida como Dyhia Tadmut, que significa "bela gazela" em berbere. Já os chawis, um outro povo argelino, chamam-na Damya, que quer dizer "profetiza". Mas as grandes narrativas históricas referem-se a esta grande mulher como Kahina, que, em árabe, significa "profetiza" ou "bruxa"; em grego, um "ser puro"; e, em hebreu, aproxima-se de "Cohen", que tem um sentido religioso. Vários são os romances, escritos no século XX, sobre Kahina, uma das primeiras rainhas guerreiras da História.

 

Don Juan (Século XVI?)

Don Juan realmente existiu? Vários historiadores tentaram descobrir a sua identidade, pesquisando famílias aristocráticas na Espanha, o suposto país de Don Juan. Chegou-se a supor que ele seria Miguel Mañara, um nobre de Sevilha, famoso pelo comportamento libertino. Manãra acabou sendo descartado por dois motivos: foi um conquistador famoso mas discreto e nasceu em 1626, enquanto Don Juan já era citado no século XVI. A conclusão é de que a personagem não passa mesmo de uma lenda. Famoso por sua incrível habilidade de seduzir centenas de mulheres, Don Juan transformou-se em fonte de inspiração para numerosas obras literárias e musicais. Don Juan, o "Sedutor de Sevilha", criado como o herói-vilão da nação espanhola, teve a sua popularidade espalhada pelo resto da Europa no século XVII. Existem muitas versões de sua história, inclusive o jogo de Moliére "The Stone Feast" (1665), o longo poema de Byron "Don Juan" (1819-1824) e a ópera de Mozart "Don Giovanni" (1787). Na lenda, Don Juan é um famoso amante, que consegue ter mais de 1.000 conquistas sexuais femininas. Ainda que preparado para seduzir a nobre jovem Donna Ana, ele é descoberto pelo pai dela, o Comandante, que o desafia para um duelo. Don Juan mata o Comandante e foge. Donna Ana e o seu noivo, Don Ottavio, tentam caçar Don Juan, mas ele é astuto e consegue fugir. Mais tarde, Don Juan visita a sepultura onde está morto o Comandante. Uma voz vinda da estátua na sepultura, avisa Don Juan que ele será castigado. Don Juan brincando convida a estátua para jantar com ele. A assombrada estátua aceita o convite e chega a casa de Don Juan para o compromisso marcado. A estátua estende a sua mão e convida Don Juan para um banquete diferente. Don Juan, destemido para com a estátua, pega na mão dela e a estátua enche-o com um congelante frio. Uma ardente cova abre-se e a estátua arrasta Don Juan para o Inferno.

Lucrécia Bórgia (1480-1519)

Lucrécia Bórgia nasceu no dia 18 de abril de 1480, em Subiaco (Roma), e morreu em Ferrara no dia 24 de junho de 1519. Filha do Papa Alexandre VI Bórgia, importante personagem espanhol do Renascimento. Lucrécia Bórgia ficou conhecida como uma das mulheres mais cruéis da história, muito mais pela conduta de seu pai e seu irmão tirano César Bórgia, do que por ela mesma, mas teve os seus momentos de intriga, assassinatos, luxúria, devassidão e incesto. A sua vida situa-se no coração da época renascentista – explosão artística, refinamento da literatura, esplendor das festas. A esta grandeza artística e social opunham-se a violência, as traições e os assassinatos: em suma, suntuosidade e barbaridade. Um destino maldito envolve Lucrécia. As calúnias da parte dos inimigos do pai – foi acusada de duplo incesto que durante muito tempo seduziu as imaginações. Sendo a filha querida de Alexandre VI, o irmão, por razões políticas, matou o primeiro homem que ela amou e estrangulou o seu segundo marido. Apesar destas reveses do destino, Lucrécia estimula a lenda, devido à sua beleza, inteligência, refinado sentido político e talento. Em Ferrara era adorada e chamavam-lhe "A Mãe do Povo" tendo sido admirada pelos mais brilhantes espíritos do seu tempo. Aos 13 anos já era uma mulher fatal que chamava a atenção de qualquer homem.

 

Mongkut ou Rama IV (1804-1868) Mongkut ou Rama IV deixou o sacerdócio para subir ao trono do seu país. Teve 9000 mulheres, mas alega ter dormido somente com as primeiras 700. Foi o quarto rei do Sião (hoje Tailândia), de 1851 a 1868. Nasceu em Bangcoque, no dia 18 de Outubro de 1804, e faleceu no dia 18 de Outubro de 1868. Ele foi um dos monarcas mais reverenciados do país e os historiadores são unânimes em considerá-lo como um dos reis mais notáveis da dinastia Chakri. Fora da Tailândia ele é mais conhecido como o rei do filme "O Rei e Eu", baseado no filme de 1946 "Anna e o Rei do Sião", por sua vez baseado no livro 1944, de Anna Leonowens sobre seus anos na sua corte (1862 -1867). No seu reinado, a pressão do expansionismo ocidental sentiu-se pela primeira vez no Sião. Mongkut abraçou inovações ocidentais e iniciou a modernização do seu Reino, tanto em tecnologia como em cultura, o que lhe valeu o epíteto de "O Pai da Ciência e Tecnologia". Curiosamente o rei vivia num mosteiro, antes de assumir o reinado. Quando tornou-se rei, ele soube que poderia ter tantas esposas e filhos quanto quisesse. Criou uma cidade, chamada Nang Harm, onde só viviam princesas reais, amantes e esposas dele. Apesar do harém, o Rei era ciumento. Ele mandou construir um enorme muro, para manter os outros homens bem longe das suas mulheres.

Bhupendra Singh (1670-1733)

O alto e bonito Marajá viveu de 1670 a 1733 e ficou conhecido por suas proezas e pelo apetite sexual. Bhupendra Singh andava sempre à procura de mulheres bonitas, chegando mesmo a raptar algumas. Todas as noites acendia 365 lanternas à volta do palácio, cada uma delas com o nome de uma esposa. A lanterna que apagasse primeiro indicava o nome da mulher que iria ser sua nessa noite.

Jorge IV (1762-1830)

Jorge IV do Reino Unido nasceu no dia 12 de agosto de 1762, no Palácio de St. James, em Londres, e faleceu no dia 26 de junho de 1830, no castelo de Windsor, em Londres. Antes de subir ao trono, Jorge IV foi regente do seu pai, Jorge III "O Louco", devido à instabilidade mental que este sofria, causada pela doença crônica chamada porfíria.

 As Guerras Napoleônicas desenrolaram-se nos períodos da sua regência e reinado. Jorge IV foi um monarca extravagante em termos de gostos pessoais e relações familiares, principalmente com a mulher, a princesa Carolina de Brunswick. A relação dos dois era má a ponto de Jorge IV a impedir de entrar na cerimônia da coroação. Tiveram uma única filha, a Princesa Carlota de Gales, que casou com o Duque Leopoldo de Saxe-Coburg (futuro rei dos belgas), e morreu no parto sem deixar descendentes em 1817. A morte da princesa provocou uma corrida pela sucessão. Foi sucedido pelo irmão. Quanto ao rei Jorge IV, embora não tivesse boas relações com a sua esposa, tinha várias amantes. Tinha o hábito de guardar uma mecha de cabelos de cada mulher com quem dormiu. Jorge IV iniciou a sua vida sexual aos 17 anos. Com a fama de beber muito, ser preguiçoso, jogador e menino mimado, o rei tinha um costume bastante esquisito: sempre que dormia com uma mulher, ele pedia uma mecha do seu cabelo. Em seguida, ele cuidadosamente catalogava e guardava. Quando ele morreu, o seu irmão encontrou os 7.000 envelopes que ele guardava, com as devidas recordações das amantes.

Fath-Ali (1772-1834)

Fath-Ali foi um xeque que viveu na Pérsia entre 1772 e 1834. Nascido no dia 5 de setembro de 1772, e falecido no dia 23 de outubro de 1834. Foi o segundo Qajar, rei da Pérsia, tendo governado de 17 de Junho de 1797 a 23 de Outubro de 1834. Ele deixou esposas e filhos em todo o lugar por onde passou.

Ibn Saud (1880-1953)

Ibn Saud formou a Arábia Saudita com a unificação dos reinos que conquistou. Em 1919 proclamou-se rei, tendo contado sempre com 4 esposas, 4 concubinas e 4 escravas para lhe satisfazer os seus desejos. Teve mais de 3000 mulheres de 30 tribos diferentes. Ibn Saud estabeleceu uma média de 3 relações sexuais por noite, durante 11 anos, totalizando 20 mil relações. O Rei tinha o hábito de casar, e quando a mulher não trazia mais encanto para ele, pedia o divórcio. Enquanto permaneciam satisfazendo  o monarca, as suas amantes tinham que ficar trancadas num porão. A quantidade de amantes do monarca totalizava 20.000. Abd Al-Aziz Al Saud, seu nome verdadeiro, nasceu em Riade (Arábia Saudita), no dia 24 de novembro de 1880, e faleceu no dia 30 de novembro de 1953, em Taif. Foi rei do Hijaz e do Nedj entre 1926 e 1932, e o primeiro rei da Arábia Saudita entre 1932 e 1953.

Ibn Saud era membro da família Al Saud que tinha governado praticamente toda a Arábia Saudita, durante os cem anos anteriores ao seu nascimento.

Porém, quando Ibn Saud nasceu a sua família tinha perdido a sua relevância em detrimento da família Al Rashid e este foi obrigado a exilar-se quando era ainda uma criança no Kuwait, onde cresceu na pobreza.

Em 1902 decidiu reconquistar as terras que a sua família tinha perdido, organizando com cerca de 20 homens a tomada de Riade. Após o fim da II Guerra Mundial, os ingleses reconheceram-no como emir de Hasa e de Nedj. Ibn Saud não se envolveu na Revolta Árabe de 1916,devido à sua antipatia por Hussein. Entre 1919 e 1925, Saud conseguiu expulsar Hussein das cidades de Jeda, Meca e Medina.

A 8 de janeiro de 1926 declarou-se rei do Hijaz e do Nedj, tendo sido reconhecido como tal pelos Ingleses em meados de 1927. Em 1932 Ibn Saud decidiu reunificar todos estes reinos para formar a Arábia Saudita. O rei forçou as tribos de beduínos a adotar uma forma de vida sedentária, terminando com os ataques aos peregrinos que visitavam Meca.

Em 1933 o rei realizou um acordo petrolífero com uma companhia dos Estados Unidos da América. A partir de 1948, o petróleo forneceu grandes lucros ao país. E transformou-o no governante mais rico do Médio Oriente.
                                                  

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quinta-feira, 29 de maio de 2014

O estranho e difícil trabalho dos devoradores de pecados

 

O estranho e difícil trabalho dos devoradores de pecados

Por  Lucas Rabello


O nome 'devorador de pecados' soa como algo que não poderia existir. Mas existiu, e essas pessoas tiveram um papel muito importante nas comunidades religiosas da Inglaterra, Escócia e País de Gales.

 

Aqueles que tinham tempo para preparar suas mortes podiam falar com um padre, fazer uma última confissão e ter seus pecados absolvidos pela Igreja para preparar seu caminho até o Céu. Mas aqueles que morriam de repente não tinham essa oportunidade, e assim, a família do recém-falecido, muitas vezes contratava um devorador de pecados.

 

 

Um pedaço de pão era colocado sobre o peito do morto como se estivesse absorvendo seus pecados (algumas vezes, os rituais também incluíam vinhos ou cerveja). Acredita-se que quando o devorador de pecados comia o pão, ele também estava comendo os pecados do falecido. Ele tomaria ações mundanas da pessoa sobre si mesmo, para que a libertasse e a fizesse chegar ao Céu.

 

Não surpreendentemente, isso absolutamente não foi sancionado pela igreja. A maioria dos devoradores de pecados não era apenas não afiliada a qualquer religião, igreja ou paróquia, eles também eram das castas mais baixas da sociedade. A maioria deles era pobre, e recebia um pouco de dinheiro a cada sessão.

 

A maioria dos devoradores de pecados também mendigava, vivendo da maneira como conseguiam. Acreditava-se que à medida com que a pessoa ia absorvendo os pecados dos mortos, ela lentamente se tornava uma pessoa mais e mais depravada.

 

As tradições dos devoradores de pecados têm suas raízes na Idade Média, e apenas recentemente ela veio a desaparecer quase completamente. Acredita-se que o último devorador de pecados trabalhando na Inglaterra era um homem chamado Richard Munslow, que morreu em 1906. Apesar de a ideia de que a maioria dos devoradores não eram afiliados ou de qualquer forma endossados pela igreja, ele foi enterrado no cemitério da Igreja de Ratlinghope, em Shropshire.

 De acordo com registros, pensava-se que ele se tornou um comedor de pecados após a morte de todos os seus três filhos. Também ao contrário da maioria dos devoradores de pecados tradicionais, ele parece ter escapado do estigma associado ao trabalho, agindo como devorador ao lado de seus outros deveres como um fazendeiro.

 

O túmulo foi recentemente restaurado, com o objetivo de homenagear os devoradores de pecados. [KnowledgeNuts]

                                                         




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domingo, 9 de março de 2014

A mãe de todas as guerras

 

A mãe de todas as guerras

A catapulta foi uma das mais revolucionárias armas inventadas pela humanidade. A partir dela, as máquinas - e não o homem - é que decidiam as batalhas

por Fabiano Onça

Em 1304, o rei Eduardo 1º da Inglaterra cercou o castelo de Stirling, na Escócia. Lá resistiam os últimos guerreiros que, anos antes, haviam apoiado a rebelião antiinglesa promovida pelo escocês William Wallace. Sem conseguir demolir as sólidas muralhas, Eduardo 1º apelou. Ergueu um engenho conhecido como trebuchet – uma máquina de atirar pedras, parente gigante da catapulta. Por 10 semanas, um batalhão de 50 operários cortou 20 grandes carvalhos para construir o monstro, ali mesmo, no local do cerco. O colosso intimidou de tal modo os defensores que, antes mesmo de ser concluído, fez com eles tentassem se render. Mas Eduardo queria testar o brinquedão. Com pedras de 150 quilos, o rei inglês devastou as muralhas e tomou o castelo, em um cerco como o do infográfico destas páginas. Só aí aceitou a rendição.

O terror vivido pelos defensores do castelo de Stirling não era algo novo. O sentimento havia sido experimentado há pelo menos 2 400 anos, com a invenção das pioneiras armas de sítio ou de cerco – categoria que tem na catapulta sua representante mais célebre, mas inclui ainda onagros, oxibeles, trebuchets e outras engenhocas construídas de acordo com a criatividade de inúmeros povos da Antiguidade e da Idade Média. No terreno militar, o impacto dessa novidade literalmente não deixou pedra sobre pedra. Até então, os exércitos eram formados apenas pela infantaria (tropas que avançam a pé) e a cavalaria (tropas que avançavam a cavalo e, hoje, em veículos blindados). A partir das catapultas, eles passaram a contar também com uma terceira arma: a artilharia, especializada no lançamento de projéteis a grande distância. Simplesmente não havia mais cidade – não importava o tamanho do muro – que pudesse resistir a um ataque persistente. E, quanto maior, melhor: engenhos gigantescos como os trebuchets da página anterior fizeram com que o pânico tomasse conta dos defensores como nenhuma outra arma. Afinal, tomar uma pedrada enorme ou ser varado por uma superflecha desmoronava qualquer um.

Pai desconhecido

Em termos técnicos, as armas de cerco aproveitavam os princípios de funcionamento de duas armas muito antigas, mas também muito eficientes: o arco e a funda, espécie de corda para atirar pedras. Em diferentes momentos históricos, foi o aprimoramento e a junção das duas invenções que permitiu o surgimento da artilharia. A partir delas dá para estabelecer duas linhas evolutivas para contar essa história (veja detalhes no infográfico abaixo). A primeira, que aconteceu no Ocidente, foi a que originou a catapulta propriamente dita. Com significado em grego indicando algo como "jogar contra", a catapulta foi uma das poucas armas da Antiguidade com local e data de nascimento registrados: a cidade-Estado grega de Siracusa, na ilha da Sicília (atual Itália), por volta de 399 a.C. Mas há um mistério. O artesão que bolou a catapulta permanece desconhecido. Uma das explicações é que, provavelmente, o engenheiro que concebeu a peça era um escravo. E escravos não podiam levar a fama.

O motivo da inovação, como sempre, era a mais pura e simples das necessidades: grana. Alguns anos antes, Dionísio 1º, rei que governava Siracusa, havia negociado muito a contragosto o pagamento de terras e dinheiro para evitar que os inimigos cartagineses invadissem a cidade. Por debaixo dos panos, o tirano resolveu tomar de volta o que julgava ser seu. Para isso, transformou seus domínios em um dos maiores centros de tecnologia militar. Graças ao lucro com o comércio de trigo e azeite, em pouco tempo Dionísio conseguiu arrebanhar os melhores artesãos militares do Mediterrâneo. "O rei circulava diariamente entre os inventores, conversava em tom ameno com eles e recompensava os mais esforçados com presentes e convites para banquetes", relatou o historiador grego Diodorus Siculus, ele próprio um siciliano. Da comilança e dos agradinhos resultaram numerosas máquinas de guerra. A catapulta estava entre elas e fez sua estréia no bem-sucedido cerco à cidade cartaginesa de Motya, que caiu em 398 a.C.

Do sucesso veio a multiplicação do espanto. Em sua obra Moralia, o filósofo grego Plutarco descreve o terror do rei espartano Arquidamos 3º (360 a.C.–338 a.C.) quando viu a catapulta demonstrada pela primeira vez. "Ó, Héracles! A bravura em batalha foi destruída!", teria dito o rei, referindo-se ao fato de que uma arma daquelas poderia acabar com o mais valoroso dos guerreiros, sem que ele tivesse chance de fazer nada. Não era pouca coisa o momento histórico que Arquidamos presenciava: pela primeira vez, o homem podia usar algo que ia muito além da própria força física para guerrear. Quem vencia a guerra, a partir de então, era a máquina, não mais o homem.

Os gregos curtiram a brincadeira. Por volta de 330 a.C., ou seja, apenas 70 anos após a invenção da catapulta, o arsenal de Atenas já incluía uma variedade de requintados modelos impulsionados por sistemas de torção que ampliavam o alcance do projétil. Armas como o oxibele nasceram a partir do mesmo mecanismo. Capitalizado pelos romanos, o surto inventivo grego foi copiado e melhorado. Mudanças nos materiais, no design e no próprio uso tornaram a artilharia mais do que uma arma selvagem. O passo definitivo para transformar o uso das catapultas em uma ciência foi o desenvolvimento da balística – a arte por meio da qual os artilheiros conseguiam, graças a cálculos matemáticos, direcionar com razoável precisão os projéteis que saíam de suas máquinas.

Catapultas e similares continuaram a ser utilizados até o início da Idade Média. Isso até os europeus tomarem contato com a segunda linha evolutiva das armas de cerco, desenvolvida no Oriente, mais precisamente dentro da tradição chinesa. Utilizando o mesmo princípio da alavanca, os chineses, desde 400 a.C. (a mesma época do desenvolvimento da catapulta na Grécia), faziam uso de uma espécie de gangorra gigante com uma funda na ponta para atirar pedras. O invento, chamado de hseun fang ("furacão"), utilizava a força de cerca de 10 homens, que puxavam um dos braços da alavanca com cordas.

Com o tempo, os chineses se ligaram que não era necessário ter pessoas puxando um dos lados da gangorra. Bastava colocar um contrapeso para que o efeito fosse o mesmo. Ao longo dos séculos, o poderoso engenho atravessou a Ásia. No ano de 1169, o estudioso islâmico al-Tarsusi descreveu em um manual militar uma máquina que usava o mecanismo do contrapeso, chamada entre os árabes de manjaniq.

Queridinhos do rei

Na mesma época, o invento, que ficaria conhecido no Ocidente com o nome de trebuchet, foi construído por forças cristãs que combatiam na Palestina durante a 3a Cruzada (1189-1192). O comandante da expedição, o rei inglês Ricardo Coração de Leão, tinha uma adoração especial por dois enormes trebuchets apelidados por ele de Catapulta de Deus e Vizinho Mau, que abriram enormes brechas na fortaleza da cidade de Acre.

A partir das Cruzadas, o trebuchet cresceu e apareceu por toda a Europa, onde participou de alguns dos momentos mais criativos da Idade Média. Utilizando as enormes máquinas de cerco, os atacantes jogavam animais e cadáveres infectados com peste para dentro das muralhas, uma guerra biológica primitiva. Há também relatos de negociadores sendo enviados vivos – via trebuchet – de volta às cidades sitiadas, numa demonstração de que as negociações haviam falhado. O predomínio do engenho só seria ameaçado com a chegada do canhão. O primeiro surgiu em 1325. Por cerca de 100 anos, eles foram secundários em relação ao trebuchet. Não era fácil carregá-los, e seu grau de imprecisão era alto. Conforme a tecnologia foi se aprimorando, a relação se inverteu. "O marco foi o ano de 1449, data de criação de um canhão gigantesco chamado Mons Meg, que enviava uma bola de 150 quilos a 266 metros de distância. A partir de então, o poder de fogo do canhão e do trebuchet se equiparou", afirma o especialista em catapultas Michael Farnworth, autor do ensaio Inventive Steps in Trebuchet Evolution ("Passos Inovadores na Evolução do Trebuchet"). Daquele ponto em diante, a importância do trebuchet foi gradualmente diminuindo. Em 1550, gravuras medievais ainda mostravam o engenho operando ao lado de canhões. O último uso documentado é bem posterior, de 1779, durante uma batalha em Gibraltar. Na ocasião, o Exército inglês aproveitou a trajetória de parábola dos projéteis lançados do trebuchet para atingir alvos inacessíveis aos canhões.

A evolução das armas de fogo aposentou as catapultas. Isso não impediu sua última glória. Durante a 1a Guerra Mundial (1914-1918), em meio à batalha de trincheiras, os homens que arriscavam suas vidas atirando granadas rumo às posições inimigas reinventaram a roda. Utilizando molas e madeira, construíram pequenas catapultas, capazes de lançar as granadas sem que fosse preciso se expor ao fogo inimigo. Uma demonstração de que a simplicidade e eficiência das armas de cerco ainda podiam causar o que sempre causaram: terror nos inimigos.

Munição

O alimento preferido de catapultas e trebuchets eram as pedras. Mas a criatividade medieval incluía animais mortos – o mais aerodinâmico era o porco – e cadáveres putrefatos.

Torre de assalto

Usada desde os romanos, a torre de assalto era um dos meios mais eficazes de tomar as muralhas. Era uma torre móvel, que colava na muralha inimiga e baixava uma porta levadiça para a saída dos atacantes. Era coberta com couro e molhada para evitar o fogo.

Trebuchet

Primo turbinado da catapulta, o trebuchet podia chegar a 16 metros de altura, algo como um prédio de 6 andares. Só o braço da arma tinha 12 metros de extensão.

Contra ataque

Se os invasores bobeassem, os defensores abriam de surpresa as portas do castelo e faziam um contra-ataque para tentar destruir os trebuchets. Ou então saíam à noite, para tentar quebrar o que pudessem.

Proteção

Alvo cobiçado pelos inimigos, um trebuchet exigia vigilância constante. Em defesa aos ataques de cavalaria, era comum os invasores posicionarem troncos afiados, os piques. Uma guarnição ficava perto para evitar sabotagens.

Montagem

Construído em pleno palco de cerco, um trebuchet vinha com grandes toras de madeira desmontadas em carroças. Para colocar a máquina de pé, engenheiros demoravam pelo menos duas semanas.

  ESTICA E EMPURRA

Originadas da funda, estas armas de cerco nasceram na China

FUSTÍBALO (500 a.C.)

Extensão ainda maior do braço humano, utilizando um pau e mantendo uma funda na ponta. Tornou-se uma arma popular no Exército romano.

FUNDA (Paleolítico)

Suspeita-se que esta arma tenha mais de 11 mil anos. O que ela faz é aumentar o tamanho do braço humano, fazendo com que as pedras voem mais longe.

ONAGRO (100 a.C.)

Funciona do mesmo modo que uma catapulta de torção, exceto por um detalhe. Em vez de possuir uma "colher" no final do braço, o onagro tinha uma funda na ponta da arma.

HSEUN FANG (400 a.C.)

Funcionando como uma alavanca, esta arma arremessa pedras por meio de um superbraço de madeira, puxado com cordas por cerca de 10 homens.

TREBUCHET (300 a.C.)

É o sistema de alavanca vitaminado e redesenhado: o ponto de apoio deslocado para a frente do braço aumenta o alcance e o contrapeso evita o uso da força humana.

TOrção (por volta de 400 a.C.)

Usado tanto na China quanto na Europa, o mecanismo de torção multiplica o alcance das armas de cerco. A idéia básica é passar uma corda pelo braço da catapulta (1) e torcê-la (2). Quando o braço é liberado, a corda retorcida o faz mover-se velozmente, lançando a pedra em cima do inimigo (3).

ESTICA E PUXA

Originadas do Arco, estas armas de cerco nasceram na China

ARCO (Paleolítico)

Evidências arqueológicas sugerem que o arco já era utilizado 11 mil anos atrás. A estrutura de madeira é flexionada por uma corda que, ao ser solta, transfere a energia.

GASTRAFETE (400 a.C.)

Usando a barriga como ponto de apoio, o arqueiro fica com as mãos livres para puxar mais a corda, aumentando a tensão do arco e fazendo a flecha ganhar força.

OXIBELE (375 a.C.)

Esta arma lança flechas tamanho-família utilizando uma espécie de roda dentada (igual à dos brinquedos movidos à corda) para puxar o arco.

CATAPULTA DE ARCO (400 a.C.)

O princípio do arco ganhou aqui uma nova utilidade: impulsionar um braço de madeira, uma espécie de colher gigantesca que atirava pedras.

BALISTA (100 a.C.)

Filha do oxibele, a balista romana é ainda maior. Para simular a tensão do arco, os romanos fizeram um sistema de torção duplo, com dois feixes de cordas.

CATAPULTA de TORÇÃO (350 a.C.)

Um sistema de torção move o braço desta catapulta. O braço da arma fica enrolado em um feixe de cordas bem torcidas – e cheias de energia.

                                                     

      

A excomunhão das formigas

 
 


A excomunhão das formigas

  

 

LUIZ ANTONIO SIMAS


Li, em alguns registros da história da província do Maranhão, que, em 1713, os religiosos de um convento em Piedade travaram dura batalha contra centenas de formigas. Os impertinentes insetos himenópteros estavam invadindo a despensa do convento para comer a farinha dos padres.


As safadinhas, pelos relatos dos apavorados religiosos, pertenciam a espécie das iridomyrmex humilis, as famosas formigas-açucareiras, que se caracterizam pelo péssimo hábito de invadir casas em busca de qualquer tipo de alimento. Eram elas, sem dúvidas, que estavam atazanando o juízo dos homens de Deus.

Após infrutíferas tentativas de eliminar os insetos, os padres resolveram processar as formigas no Tribunal da Divina Providência, cuja sede no Maranhão era presidida pelo vigário-geral. As formigas foram julgadas e condenadas severamente. O tribunal estabeleceu que os religiosos deveriam demarcar uma área para que as formigas se locomovessem; se as vilãs da história ultrapassassem o espaço determinado, seriam submetidas ao ritual de excomunhão - a mais vil das condenações.


Os leitores que acham que essa memorável passagem do direito canônico nacional terminou aí, estão enganados. O tribunal determinou que a sentença fosse lida por um padre na boca do formigueiro. Tenho amigos advogados que, certamente, concordarão que o procedimento correto era mesmo o de comunicar a sentença a quem de direito.


Acontece que as formigas, tremendamente subversivas, não respeitaram a decisão das autoridades canônicas; as hereges continuaram invadindo a despensa do convento, sem demonstrar receio algum do risco de excomunhão a que estavam sujeitas.


Diante do comportamento ilegal das formigas, o tribunal determinou a excomunhão de todo o formigueiro do convento. A sentença foi lavrada e o rito de condenação sumariamente executado, com a presença do vigário-geral. As formigas excomungadas, com a pança cheia de farinha, devem estar, até hoje, enchendo a paciência do Coisa Ruim, nas profundas do Reino do Sete Barbas.

                                                

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Obs. (Alzira)

Existem, no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, cópias parciais do processo. Dentre elas, não estão a petição inicial e as peças finais. Com efeito, é incerta a data do início do processo, assim como a de sua conclusão. Quanto a isto, é mais certo que tenha ficado inconcluso.

Tanto o padre Bernardes, quanto o jornalista João Francisco Lisboa - e isso consta do arquivo do IHGB, Lata 467, documento 6 - atestam que tais dados permitem supor que a propositura do feito é anterior a 1706, ano em que o referido religioso iniciou a publicação da revista Nova Floresta, em cujo primeiro tomo trata do assunto.

Quem quiser saber mais, acesse: http://www.educadora.elo.com.br/~eulalio/Home_Artigos_Formigas.htm



 

                                                                                            

 

                                                                                                   

 


   

sexta-feira, 7 de março de 2014

Conheça mais sobre Aristóteles

 

Aristóteles

Aristóteles nasceu no ano de 384 e morreu, calcula-se, no dia 7 de março de 322 a.C. Aristóteles foi um filósofo grego nascido em Estagira, um dos maiores pensadores de todos os tempos e considerado o criador do pensamento lógico.

As suas reflexões filosóficas, por um lado originais e por outro reformuladoras da tradição grega, acabaram por configurar um modo de pensar que se estende até hoje. Prestou inigualáveis contribuições para o pensamento humano, destacando-se a ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural e outras áreas do conhecimento humano. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.

Foi discípulo de Platão, outro grande filósofo grego, tendo até superado o Mestre, em várias áreas.

A Vida

Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídica. Apesar de ser na Macedônia, o grego era o idioma falado. Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas II, pai de Filipe II da e avô de Alexandre, o Grande. É provável que o interesse de Aristóteles por biologia e fisiologia provenha da atividade médica exercida pelo pai.

Com cerca de 16 ou 17 anos partiu para Atenas, o maior centro intelectual e artístico da Grécia. Como muitos outros jovens do seu tempo, foi para lá prosseguir os estudos. Duas grandes instituições disputavam a preferência dos jovens, sendo estas a escola de Isócrates, que visava preparar o aluno para a vida política, e Platão e a sua Academia, dando preferência à ciência como fundamento da realidade. Aristóteles entrou na Academia de Platão, tendo ficado nela durante 20 anos, até à morte de Platão, no ano de 347 a. C..

Com a morte do mestre e com a escolha do sobrinho de Platão, Espeusipo, para a liderança da Academia, Aristóteles partiu para Assos com alguns ex-alunos. Já em Assos, Aristóteles fundou um pequeno círculo filosófico com a ajuda de Hérmias, tirano local e eventual ouvinte de Platão. Ficou por três anos e casou-se com Pítias, sobrinha de Hérmias. Com o assassinato de Hérmias, Aristóteles partiu para Mitilene, na ilha de Lesbos, onde realizou a maior parte das suas famosas investigações biológicas. No ano de 343 a.C. chamado por Filipe II, tornou-se preceptor de Alexandre, função que exerceu até 336 a.C., quando Alexandre subiu ao trono.

Neste mesmo ano, de volta a Atenas, fundou o Lykeion, origem da palavra Liceu, cujos alunos ficaram conhecidos como peripatéticos, aqueles que passeiam, nome decorrente do hábito de Aristóteles de ensinar ao ar livre, muitas vezes sob as árvores que cercavam o Liceu. Ao contrário da Academia de Platão, o Liceu privilegiava as ciências naturais. Alexandre mesmo enviava ao mestre  exemplares da fauna e flora das regiões conquistadas.

Aristóteles dirigiu a escola até 323 a.C., pouco depois da morte de Alexandre. Os sentimentos anti-macedônios dos atenienses voltaram-se contra ele que, sentindo-se ameaçado, deixou Atenas afirmando não permitir que a cidade cometesse um segundo crime contra a filosofia. Deixou a escola aos cuidados do seu principal discípulo, Teofrasto, e retirou-se para Cálcis, na Eubeia, onde morreu no ano seguinte.

 

 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Coisas que você precisa saber sobre Vladimir Putin

 

Coisas que você precisa saber sobre Vladimir Putin

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Dureza e desejos de infância

Putin cresceu em um apartamento compartilhado em Leningrado, hoje São Petersburgo, cidade russa devastada pela Segunda Guerra Mundial.

Filho de um ex-combatente da Grande Guerra Patriótica (maneira como os soviéticos chamavam a Segunda Guerra Mundial) e de uma sobrevivente do Cerco a Leningrado (1941-1944), o pequeno Vladimir Putin se divertia com filmes soviéticos de espionagem e já sonhava em trabalhar nos órgãos de defesa nacional.

15 anos de poder
 

Aos 61 anos, Putin está no poder da Rússia desde 1999, quando assumiu interinamente a presidência depois que o presidente Boris Iéltsin renunciou ao cargo inesperadamente.

Ele também foi primeiro-ministro em duas oportunidades (de 1999 a 2000 e de 2008 a 2012) e já foi presidente do país de 2000 a 2008.

O tenente-coronel e o Street Fighter

Como figura pública, Vladimir Putin sempre transmitiu a imagem de um homem aventureiro, viril e engajado em atividades perigosas e incomuns.

Ele é praticante assíduo de artes marciais e visto com frequência praticando atividades ao ar livre, além de fazer propaganda de esportes e de um modo saudável de vida entre os russos.

Nas artes marciais, é o político com melhores resultados. Putin é mestre faixa azul de sambo – arte marcial moderna de "autodefesa sem armas" que é praticada por alguns personagens de jogos Street Fighter –, e também é faixa vermelha e branca no judô.

Putin teve ampla participação no desenvolvimento do esporte russo, tendo colaborado firmemente para fazer da cidade de Sochi a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.

Na vida militar, Putin já foi agente e chefe dos serviços secretos soviético e russo.

Na KGB, ele esteve por 16 anos. Foi oficial júnior, trabalhou no departamento investigativo, foi major de justiça, chefe do departamento de fronteiras e chegou a ser tenente-coronel

Apesar de ter levado progresso econômico ao país, seus governos sempre foram marcados por profundas e questionáveis reformas, diversas tensões com os Estados Unidos e a Europa Ocidental, até assassinatos não esclarecidos de alguns de seus opositores políticos.

Em 2011, quando anunciou que concorreria ao terceiro mandato no ano seguinte, uma onda de protestos se instaurou nas principais cidades do país. Mesmo assim, Putin foi reeleito e fica no governo até 2018.

 Dinheiro não traz felicidade... no casamento

Putin casou-se em 1985 com Ludmila Putina, ex-colega de universidade.

Durante o casamento, houve rumores de que ele estaria envolvido com uma espiã alemã. Teria inclusive deixado para trás uma criança dela.

Isso teria abalado a união entre Putin e Ludmila. Durante anos, os dois não eram mais vistos juntos. Em junho de 2013, anunciaram o divórcio ao vivo pela televisão russa.

A pensão para Ludmila não deve ser problema para Putin. Ele sempre foi muito rico, com diversas contas bancárias, imóveis, automóveis luxuosos e ações.

Estima-se que sua fortuna esteja na casa dos US$ 40 bilhões, o que faria de Putin uma das pessoas mais ricas da Europa.

Ele teria construído, por meio de ligações e negócios corruptos, uma mansão de US$ 1 bilhão no Mar Negro.

Em 2012, declarou uma renda de 'somente' R$ 230.000, levando líderes oposicionistas a questionarem algumas de suas posses, como 11 relógios de luxo com valor estimado em US$ 700 mil.

Sem meias palavras: os 'putinismos'

Durante aparições públicas, entrevistas coletivas anuais ou em reuniões casuais, Putin produziu várias gafes e bordões, que ficaram conhecidos como 'putinismos'. Confira alguns:

"No mínimo, um chefe de Estado deveria ter cérebro"
(Resposta de Putin a Hilarry Clinton, quando ela o acusou de não ter alma por ter sido um oficial da KGB)

"Arrebentar na latrina"
(Quando prometeu acabar com os terroristas e disse o que faria com eles)

"As orelhas de um asno morto"
(Isso é o que Putin daria para a Letônia caso o país continuasse reivindicando o distrito de Pytalovski, que faz fronteira com a Rússia)

FONTE: TERRA